O mapeamento genético já é uma realidade e se tornou uma verdadeira febre não apenas nos Estados Unidos, mas também no Brasil. Sua proposta é atrativa por promoter identificar até a oitava geração de um indivíduo.
Em outras palavras, seriam identificáveis até os tataravôs dos bisavôs dele! Ou seja, uma verdadeira viagem pela sua própria história e de sua família. Veja agora como funcionam esses mapeamentos e outras vantagens que eles podem oferecer.
Mapeamento genético já é uma realidade
O mapeamento genético corresponde à identificação de todos os genes que compõem o DNA de um indivíduo. Assim, podem ser descobertas doenças ou pré-disposição a elas, bem como eventuais deficiências genéticas e mutações.
Até alguns anos atrás o mapeamento genético era basicamente impossível de ser obtido por cidadãos comuns. Isso porque ele custava milhares de dólares e, portanto, exclusivo a uma pequena parcela da população.
Contudo, hoje existe uma simplificação desse tipo de mapeamento que é conhecida como “Teste de Ancestralidade”. Ele foi desenvolvido a partir do seqüenciamento do genoma, concluído em 2003, e também da criação e aprimoramento de tecnologias, como é o caso da inteligência artificial.
Considere que enquanto o mapeamento genético completo inclui todos os genes de um indivíduo, o que é chamado de teste de ancestralidade necessita de apenas 700 mil pontos, o que corresponde a 0,01% do código genético de uma pessoa.
Com isso o processo é simplificado e se torna mais acessível. A prova disso, aliás, é o surgimento nos últimos anos de diversos laboratórios que oferecem esses serviços que, por sua vez, estão cada vez mais baratos.
Caso prático de mapeamento genético
Cabe ressaltar que existem diversos tipos de mapeamentos genéticos. Um que ficou famoso é relacionado ao caso da atriz Angelina Jolie. Em 2013, ela realizou um desses testes em relação a dois genes específicos, para verificar as condições deles.
Esses genes eram relacionados a uma modificação genética diagnosticada na mãe da atriz e que foi apontado como responsável por aumentar as chances de desenvolvimento de câncer os ovários e de mama. Foi essa última doença, aliás, que vitimou a mãe de Jolie.
Dessa maneira, a estrela de Hollywood descobriu a mesma modificação e o aumento em 85% das suas chances de desenvolver esses tipos de câncer, o que a fez optar pela retirada das mamas.
Portanto, esse é um caso prático de como o mapeamento genético pode aumentar a longevidade das pessoas, os tratamentos de doenças, a prevenção e o próprio conhecimento sobre as mutações genéticas.
E o teste de ancestralidade?
O teste de ancestralidade é um tipo de mapeamento genético, diferenciando-se por ser simplificado. Seu principal objetivo é determinar quais são as origens do indivíduo.
Para isso ele usa uma amostra de DNA e a partir de então compara genes específicos analisados (até 700.00) com outros bancos de dados. Isso permite que sejam localizadas inúmeras informações relevantes.
O sistema faz uso de inteligência artificial, o que aumenta sua capacidade de rapidez e de análise completa do banco de dados que se tem à disposição. Assim, recolhe as informações que permitem que o indivíduo obtenha informações de até 08 gerações antes da sua!
Considere, portanto, que essa espécie de mapeamento genético permite que o indivíduo tenha em mãos uma parte de sua história.
Aliás, é importante ressaltar que não raro quem se propõe a realizar o teste encontra informações completamente diferentes daquelas esperadas. Por exemplo, indivíduos que acreditavam ter ancestralidade européia descobrem que seus ancestrais vieram, em sua maioria, de terras africanas.
As possibilidades são inúmeras e mediante da perda de registros históricos familiares ela permite que as pessoas conheçam um pouco mais sobre si mesmas.
Outro ponto relevante é que os testes podem localizar tanto familiares e parentes próximos quanto aqueles longínquos.
Nesse viés, tem-se que diversas das plataformas que oferecem o teste de ancestralidade também disponibilizam aos clientes ferramentas que lhe permitem contatar eventuais familiares que ali estejam cadastrados também. Isso considerando-se pessoas do mundo todo!
Como é realizado o mapeamento genético?
Tanto o teste de ancestralidade mais simples quanto um mapeamento completo são feitos por meio de material genético que é concedido pelo cliente à empresa contratada. Esta, então, é responsável pelas análises laboratoriais dos genes.
Em relação ao mapeamento do tipo teste de ancestralidade, as empresas costumam enviar para o cliente pelo correio um kit para recolhimento de amostra de saliva.
Então, o indivíduo encaminha para o laboratório o material colhido e, após certo prazo, recebe informações detalhadas sobre os resultados obtidos. Ele não é tão ágil quanto o teste rápido de Covid, mas também não é demorado em razão do uso da inteligência artificial.
Em alguns casos é possível até mesmo receber dados relacionados aos melhores hábitos e tratamentos que podem ser realizados por aquele indivíduo.
Portanto, são inúmeras as possibilidades trazidas pelo mapeamento genético. Seja para fins de precaução de doenças, buscas de tratamentos melhores ou para autoconhecimento, não deixe de considerar fazê-lo.
Em épocas de teste de Covid e tantas incertezas geradas pelo cenário atual, buscar se conhecer mais a fundo é uma forma de retomar às raízes e à própria existência.